Famílias tradicionais do Estado, inclusive ex-conselheiro do TCE, adquirem áreas a valores equivalentes a 1% do preço estabelecido pelo mercado
RODRIGO VARGAS
Fazenda de 450 hectares em Sinop por R$ 62,7 mil. Em Gaúcha do Norte, 1.076 hectares por R$ 138 mil. E, por R$ 5 mil, 150 hectares em Rosário Oeste. Tais valores constam de contratos de venda de terras públicas firmados entre o governo de Mato Grosso e particulares a título de regularização fundiária.
Somente nos últimos dois anos, segundo levantamento feito pelo Diário, uma área equivalente a 17 mil campos de futebol foi vendida por meio de licitação a terceiros por R$ 100 o hectare, em média.
O valor pago equivale a 1% do preço médio de mercado, que atualmente varia entre R$ 2.500 e R$ 6.000 o hectare, conforme a região (segundo o mais novo relatório da Scot Consultoria).
Entre os mais recentes beneficiários está o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ari Leite de Campos.
A aquisição de 1.774 hectares de terras públicas da Gleba Canta Galo, em Rosário Oeste, foi fechada por R$ 110 mil (R$ 62 o hectare). A prazo!
Para a regularização da fazenda Palmeirinha, com 1.525 hectares em Cláudia, o empresário paranaense Ademir Kurten e seus familiares concordaram em pagar R$ 212 mil.
Outro que recentemente se habilitou foi o atual presidente do TCE, José Carlos Novelli, que irá regularizar uma área de 201 hectares em Santo Antônio de Leverger.
O edital com os valores da negociação ainda não foi publicado no Diário Oficial.
O processo é coordenado pelo Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e tem acompanhamento da Comissão de Agropecuária, Desenvolvimento Florestal e Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa.
Vice-presidente da Comissão, o deputado estadual Zeca Viana (PDT) disse não saber os critérios que determinam o valor de cada hectare regularizado. “Nosso trabalho é fiscalizar, conferir os documentos e aprovar ou não o processo. Os valores são definidos pelo Intermat”, disse.
O presidente do Intermat, Afonso Dalberto, disse que o objetivo das licitações para a venda de terras estaduais já ocupadas “não é a arrecadação de valores”. “O Estado não está vendendo uma fazenda ou uma terra. Está regularizando ocupações antigas em que, na maioria dos casos, a pessoa nunca imaginou que a área era devoluta”, disse.
Segundo ele, o mesmo entendimento será usado na regularização das glebas Jarinã, Mariká, Divisa e Guariba, no norte do Estado.
Sobre os preços cobrados, Dalberto disse que o Intermat segue uma tabela que estipula valores de R$ 30 até R$ 100 por hectare. “Esse preço não é determinado pelo Intermat, mas pelo governo e recebe aval da AGE [Auditoria Geral do Estado] e da PGE [Procuradoria Geral do Estado]”, disse.
O superintendente reconheceu que os valores são baixos e “causam estranheza”. “O preço do hectare é mesmo baixo. Mas não se trata do valor da terra, mas do valor da regularização.”
Fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=406727
Blog da Secretaria Municipal de Agricultura de Paranavaí voltado a informar, tirar duvidas e receber sugestões sobre a Agricultura de nosso Município. Para mais informações e contato pessoal, a Sema fica na rua Pernambuco n° 858 segundo andar centro, telefone (44)3902-1115. Secretario responsável pela Secretaria Osmar Wessler.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Vale empenhou US$ 15 bilhões para o segmento
O atual Projeto Carnalita (SE), da Vale, faz parte de um plano de investimento de US$ 15 bilhões, a ser executado em dez anos na área de fertilizantes. No caso, a companhia pretende atingir, até 2015, um nível de extração de 3,4 milhões de toneladas do minério ao ano. - É da Carnalita que se extrai o potássio, a matéria-prima mais rara, no Brasil, dentre as três que se utiliza na fabricação de adubos. "Esperamos ser o único produtor de potássio do Brasil", havia dito o então diretor de Operações de Fertilizantes da Vale, Marcelo Guimarães Fenelon.
"O aumento da população mundial irá aumentar a demanda de commodities para fertilizantes", afirmara o executivo, comentando o anúncio do investimento bilionário, no final do ano passado.
"Estamos investindo e desenvolvendo projetos na área, como Rio Colorado, na Argentina; Bayóvar II, no Peru; e Salitre, em Minas Gerais. Além disto, a Vale recebeu, em abril deste ano [2011], a Licença Prévia (LP) do Projeto Carnalita, em Sergipe, que será a maior planta de extração de potássio do Brasil quando entrar em operação", relatara o presidente da companhia, Murilo Ferreira.
A Vale Fertilizantes busca manter um crescimento anual de 3,4% até 2019.
Fonte: http://www.dci.com.br/Vale-empenhou-US$-15-bilhoes-para-o-segmento-10-410405.html
"O aumento da população mundial irá aumentar a demanda de commodities para fertilizantes", afirmara o executivo, comentando o anúncio do investimento bilionário, no final do ano passado.
"Estamos investindo e desenvolvendo projetos na área, como Rio Colorado, na Argentina; Bayóvar II, no Peru; e Salitre, em Minas Gerais. Além disto, a Vale recebeu, em abril deste ano [2011], a Licença Prévia (LP) do Projeto Carnalita, em Sergipe, que será a maior planta de extração de potássio do Brasil quando entrar em operação", relatara o presidente da companhia, Murilo Ferreira.
A Vale Fertilizantes busca manter um crescimento anual de 3,4% até 2019.
Fonte: http://www.dci.com.br/Vale-empenhou-US$-15-bilhoes-para-o-segmento-10-410405.html
Sem manejo correto, adubação química não tem efeito
A adubação do solo com insumos químicos ajudam a elevar os índices de produção e produtividade, mas eles não são suficientes, segundo avalia a pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Graziela Barbosa. Para ela, o manejo adequado de solo ainda é o item fundamental para aqueles que querem ter sucesso no final da safra. ''Fazer uma adubação com gesso e calcário, por exemplo, não ajudará em nada se não houver um bom manejo de solo'', destaca.
Graziela explica que todo o processo começa na rotação de cultura. Segundo ela, o uso de adubos verdes ajuda a melhorar a fixação de nitrogênio e também na absorção de água no solo. Para elevar ainda mais os índices de retenção de água, a pesquisadora também recomenda o uso do terraceamento. ''Com a água retida, o produtor evita perdas de insumos em caso de chuvas fortes''.
A infiltração de água no solo, avalia Graziela, é outra preocupação que os produtores devem ter em mente. ''Quando houver áreas com a terra compactada, a adubação química não deverá responder ao tratamento, já que as raízes das plantas não têm oportunidade de crescer'', explica. Em solos muito compactados, Graziela recomenda o uso do nabo forrageiro para ajudar na descompactação.
A importância de um solo descompactado, acrescenta a pesquisadora, está diretamente relacionada à profundidade da raíz. ''Quanto mais extensa a raíz, mais a planta terá a capacidade de resistir a períodos longos de estiagem''. Outra dica, completa a especialista, é não plantar com solo úmido porque isso facilita o amassamento da terra. (R.M.)
Fonte: http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--1637-20120211
Graziela explica que todo o processo começa na rotação de cultura. Segundo ela, o uso de adubos verdes ajuda a melhorar a fixação de nitrogênio e também na absorção de água no solo. Para elevar ainda mais os índices de retenção de água, a pesquisadora também recomenda o uso do terraceamento. ''Com a água retida, o produtor evita perdas de insumos em caso de chuvas fortes''.
A infiltração de água no solo, avalia Graziela, é outra preocupação que os produtores devem ter em mente. ''Quando houver áreas com a terra compactada, a adubação química não deverá responder ao tratamento, já que as raízes das plantas não têm oportunidade de crescer'', explica. Em solos muito compactados, Graziela recomenda o uso do nabo forrageiro para ajudar na descompactação.
A importância de um solo descompactado, acrescenta a pesquisadora, está diretamente relacionada à profundidade da raíz. ''Quanto mais extensa a raíz, mais a planta terá a capacidade de resistir a períodos longos de estiagem''. Outra dica, completa a especialista, é não plantar com solo úmido porque isso facilita o amassamento da terra. (R.M.)
Fonte: http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--1637-20120211
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Quebra da 1ª safra de milho no Sul dá pouco impulso à 2ª
06/02/12 - 07:23
SÃO PAULO (Reuters) - A quebra da primeira safra de milho 2011/12 no Sul do Brasil, que reduzirá a produção nacional em cerca de 10 por cento em relação à estimativa inicial, não será suficiente para levar produtores a plantar muito mais do que o planejado na segunda safra, segundo especialistas.
Eventualmente, muitos plantariam mais apostando em atender potenciais compradores do milho que foi perdido na primeira safra, que deverá cair quase 4 milhões de toneladas, ante estimativa inicial para o Brasil de 39 milhões de toneladas, segundo fontes oficiais.
Eventualmente, muitos plantariam mais apostando em atender potenciais compradores do milho que foi perdido na primeira safra, que deverá cair quase 4 milhões de toneladas, ante estimativa inicial para o Brasil de 39 milhões de toneladas, segundo fontes oficiais.
Mas há algumas dificuldades para a ampliação da área, como a oferta de sementes e questões climáticas, que limitarão uma semeadura muito além da área projetada preliminarmente pelo setor produtivo, que já é grande.
A segunda safra de milho, antes mesmo das perdas pela seca no Sul, já teria um plantio recorde nos dois principais Estados produtores do Brasil (Mato Grosso e Paraná, responsáveis por mais de 60 por cento da produção em 2010/11), por conta de preços estimulantes.
"De maneira geral, a gente sabe que quando uma safra tem prejuízo, o produtor tenta compensar na outra. Mas dessa vez tem alguns gargalos. Se ele pensa em aumentar, tem a questão de híbridos preferenciais e preço da sementes", afirmou a agrônoma Margorete Demarchi, do Departamento de Economia Rural (Deral) do governo do Paraná.
"Outra coisa preocupante é clima, a safra está sendo plantada em ano de La Niña. A tendência é continuar seco e (o fenômeno climático) permite entrada de frentes frias (no inverno)", o que aumenta o risco de geadas, acrescentou a agrônoma.
Margorete lembrou que o Deral prevê um recorde no plantio da safrinha de 1,9 milhão de hectares, aumento de 12 por cento ante o ano passado, que já foi o maior da história. Antes da quebra de safra, o órgão do governo previa um crescimento de 10 por cento.
A falta de atratividade do trigo deve colaborar para a área maior de milho segunda safra.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá divulgar sua primeira previsão de plantio da segunda safra de milho na próxima quinta-feira.
QUASE 20 MI T NO PR E MT
Com essa previsão de plantio do Deral, o Paraná poderá colher em condições normais de clima um recorde de 9,6 milhões de toneladas, quase o mesmo volume previsto pelo Mato Grosso (9,8 milhões de toneladas), que deverá semear em uma área de 2,2 milhões de hectares, alta de 26 por cento ante a temporada passada, segundo o Imea, o instituto de análises ligado ao setor produtivo.
"Efetivamente, um aumento de área (maior) não acredito, justamente pela disponibilidade de semente. Por esse cenário, não acredito muito em alteração na área", disse o gestor do Imea Daniel Latorraca.
O plantio está em fase inicial tanto no Paraná quanto em Mato Grosso.
"Se tivesse mais sementes, poderia crescer mais, e sementes de qualidade, que foi o que procuraram os produtores, que estavam capitalizados tanto com safra boa de soja quanto com a última de milho."
Outro fator que limita um crescimento extra do plantio é o planejamento do produtor, que já estava realizado antes da quebra de safra no Sul. "O produtor já comercializou bastante também, a comercialização de milho já supera 50 por cento (do que o produtor espera colher)."
Para o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison Neto, as produtoras de sementes se planejaram para fornecer para um plantio recorde na segunda safra, que poderia atender ao crescimento de até 15 por cento da área, mas não considerava a quebra de safra no Sul.
"Esse quadro faz com que a demanda fique aquecida, os preços se mantiveram atrativos em função da quebra no Sul. O que a Abrasem enxerga é que pode haver uma procura mais expressiva por determinadas variedades de sementes em alguma região... pode faltar em algum ponto do país... mas nada que afete a oferta para atender a demanda do aumento significado da safrinha", disse Barison Neto.
Segundo ele, se não houvesse o problema climático, o setor não veria nem mesmo problemas pontuais relacionados a sementes.
A segunda safra de milho, antes mesmo das perdas pela seca no Sul, já teria um plantio recorde nos dois principais Estados produtores do Brasil (Mato Grosso e Paraná, responsáveis por mais de 60 por cento da produção em 2010/11), por conta de preços estimulantes.
"De maneira geral, a gente sabe que quando uma safra tem prejuízo, o produtor tenta compensar na outra. Mas dessa vez tem alguns gargalos. Se ele pensa em aumentar, tem a questão de híbridos preferenciais e preço da sementes", afirmou a agrônoma Margorete Demarchi, do Departamento de Economia Rural (Deral) do governo do Paraná.
"Outra coisa preocupante é clima, a safra está sendo plantada em ano de La Niña. A tendência é continuar seco e (o fenômeno climático) permite entrada de frentes frias (no inverno)", o que aumenta o risco de geadas, acrescentou a agrônoma.
Margorete lembrou que o Deral prevê um recorde no plantio da safrinha de 1,9 milhão de hectares, aumento de 12 por cento ante o ano passado, que já foi o maior da história. Antes da quebra de safra, o órgão do governo previa um crescimento de 10 por cento.
A falta de atratividade do trigo deve colaborar para a área maior de milho segunda safra.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá divulgar sua primeira previsão de plantio da segunda safra de milho na próxima quinta-feira.
QUASE 20 MI T NO PR E MT
Com essa previsão de plantio do Deral, o Paraná poderá colher em condições normais de clima um recorde de 9,6 milhões de toneladas, quase o mesmo volume previsto pelo Mato Grosso (9,8 milhões de toneladas), que deverá semear em uma área de 2,2 milhões de hectares, alta de 26 por cento ante a temporada passada, segundo o Imea, o instituto de análises ligado ao setor produtivo.
"Efetivamente, um aumento de área (maior) não acredito, justamente pela disponibilidade de semente. Por esse cenário, não acredito muito em alteração na área", disse o gestor do Imea Daniel Latorraca.
O plantio está em fase inicial tanto no Paraná quanto em Mato Grosso.
"Se tivesse mais sementes, poderia crescer mais, e sementes de qualidade, que foi o que procuraram os produtores, que estavam capitalizados tanto com safra boa de soja quanto com a última de milho."
Outro fator que limita um crescimento extra do plantio é o planejamento do produtor, que já estava realizado antes da quebra de safra no Sul. "O produtor já comercializou bastante também, a comercialização de milho já supera 50 por cento (do que o produtor espera colher)."
Para o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison Neto, as produtoras de sementes se planejaram para fornecer para um plantio recorde na segunda safra, que poderia atender ao crescimento de até 15 por cento da área, mas não considerava a quebra de safra no Sul.
"Esse quadro faz com que a demanda fique aquecida, os preços se mantiveram atrativos em função da quebra no Sul. O que a Abrasem enxerga é que pode haver uma procura mais expressiva por determinadas variedades de sementes em alguma região... pode faltar em algum ponto do país... mas nada que afete a oferta para atender a demanda do aumento significado da safrinha", disse Barison Neto.
Segundo ele, se não houvesse o problema climático, o setor não veria nem mesmo problemas pontuais relacionados a sementes.
Fonte: http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE81208R20120203?sp=true
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